Entrevista de José H. Pimpão a Fátima Albino para o DI

sábado, 26 de janeiro de 2013 0 comentários





25-01-2013

GANADARIA JOSÉ ALBINO ADQUIRIU UM PRÉDIO DE 758 ALQUEIRES

CONSOLIDAR O FUTURO

À custa de muita persistência, trabalho e dedicação, sabendo do risco da arrojada
iniciativa, a prestigiosa ganadaria “Casa Agrícola José Albino Fernandes”, uma das
mais antigas da ilha, propriedade do casal Fátima Albino/ António Ferreira, adquiriu
um prédio, no lugar chamado Boins, de 758 alqueires, para lá pastar uma boa parte
do seu gado bravo. Depois de exemplarmente remodelado, com caminhos de acesso,
um grande pavilhão, novos currais, tanques, parque para estacionamento de viaturas
etc, além de um miradouro, com excelente vista panorâmica, próprio até para visitas
turísticas, esta excelente estrutura foi inaugurada no passado dia 8 de Dezembro, com
a presença de familiares, colaboradores e representantes da numerosa massa amiga e
adepta da Casa Albino.
Mas, para mais detalhes, conversámos com a ganadeira Fátima Albino Ferreira, que
amavelmente nos disse:

P- Com a compra de terrenos há 2 anos, nos Boins, a ganadaria terá melhorado
bastante as condições de trabalho e bem-estar dos animais, etc. Diga-nos qual a
área, que melhoramentos foram feitos nestes 2 anos e tudo o mais que entenda
trazer ao conhecimento da afición.
R- A adquisição do prédio dos Boins, com 758 alqueires, permitiu-nos concretizar um
projecto de longa data, que nos trouxe a consolidação de uma ambição de autonomia da
exploração ganadeira. Facilitou o maneio das vacas da terra, permitindo-nos efectuar
mais lotes e com maior facilidade trocar os sementais, logo uma maior diversidade. Esta
compra fica junto a terrenos que já fazíamos, dando possibilidade a uma propriedade
contínua, com o dobro da área adquirida. Foi necessário fazer investimentos avultados
para podermos apetrechar a exploração de meios necessários. Foram feitos caminhos
que permitiram um maior acesso e melhor controlo dos animais, facilitando o
seu maneio em condições condignas. Construiu-se um pavilhão com dimensões
consideradas, melhorou-se e construiu-se currais, mangas e embarcadouro, tanques,
parque para estacionamento de viaturas e para rolos e um miradouro.

P- Presentemente quantos cabeças de gado bravo possuem e, se possível, separando
o chamado “gado da terra” e o do Continente, desde os recém-nascidos, aos
novilhos, adultos, sementais, etc.
R- A exploração possui aproximadamente 400 cabeças, sendo 46 vacas de lide e dois
sementais, 90 vacas de toiros de corda e seis sementais, toiros corridos para a tourada à
corda 40, restantes animais desde nascença até de 2 e 3 anos.

P- Fale-nos das vacas e sementais que recentemente adquiriu do continente, para a
praça, e de que ganadaria?
R- No verão de 2009 adquirimos 15 novilhas de dois anos ao ganadeiro Carlos Falé
Filipe e um novilho para semental com o nº 23. Em 2010 comprámos mais 12 vacas e o
semental nº 2 e mais 12 novilhas no ano seguinte à mesma ganadaria. Estes animais de
origem Marquês Domecq e Santiago Domecq.

P- Quem cuida de toda esta “máquina”?

R- A gestão e o trabalho de campo diário são efectuados pelo ganadeiro António
Ferreira (meu marido), com excepção dos sábados que tem a ajuda dos pastores e
colaboradores da ganadaria.

P- Qual o melhor toiro, de corda e praça, de 2012?
R- Este ano de 2012 destacaram-se na nossa opinião vários toiros da tourada à corda,
266, 233, 261, 306, 330, 280, 310, 297, 298, 305, sendo o 233 o toiro que deu cinco
cordas com uma regularidade excelente. Entretanto o toiro 305 ganhou o prémio de
bravura na freguesia do Posto Santo, no concurso de ganadarias. Na praça tivemos
quatro toiros de nota alta, destacando-se o 303 e o 292 que veio a ganhar o prémio do
toiro mais bravo no concurso de ganadarias.

P- Diga-nos onde pasta todo este gado, ou passou todo para a v/ nova propriedade?
R- No prédio novo pasta um lote de vacas da terra e os novilhos de dois anos; os
toiros corridos pastam no Pico da Cruz e na Criação Funda; os toiros puros para a
Praça pastam no Tentadeiro de Santo Antão e os toiros puros para a corda no Pico da
Bagacina; o outro lote de vacas da terra pasta no Carvão; o lote de vacas dos toiros para
a Praça no Pasto do Félix; sementais e bezerros de desmame no Tentadeiro de Santo
Antão e novilhas na Criação Funda.

P- Ao dispor para algo mais que queira acrescentar.
R-Vamos entrar na época taurina de 2013 e desejamos que ela decorra com qualidade
e que todos os aficionados possam apreciar bons espectáculos com toiros bravos, que
proporcionem tardes inesquecíveis e que a nossa economia e a nossa sociedade se
desenvolva cada vez mais e com harmonia.

A nossa ganadaria e a nossa casa estão sempre prontas para acarinhar os adeptos
e amantes da Festa Brava Terceirense. Não podemos esquecer que será importante
a vinda de jovens e crianças às touradas e às idas ao mato, porque é neles que está
o futuro, mas também a hipótese de terem um contacto directo com a vida real
experienciando e preparando-se para ela, combatendo a inércia e o mundo de fantasia
que os computadores proporcionam.

Entrevista de J.H.Pimpão

In Diário Insular de 25-01-2013


José Albino Fernandes

terça-feira, 22 de janeiro de 2013 0 comentários




José Albino Fernandes nasceu a 22 de Janeiro de 1925, se fosse vivo fazia 88 anos, no dia em que a Tertúlia faz 47 anos. Faleceu a 20 de Abril de 1994, já lá vão quase 19 anos. Um apaixonado pela Festa Brava de tal maneira que formou a sua ganadaria em Outubro de 1967, e foi cavaleiro amador, mas foi montando o seu cavalo “sopa de leite” que muitos sucessos lhe trouxe e que morreu com 27 anos.
Acompanhou sempre o seu pai José Diniz Fernandes, que foi o primeiro intérprete dos Ingleses e depois dos americanos, teve ganadaria de 1932 a 1944 e de 1956 a Maio de 1967.
 José Albino Fernandes era um lutador ligado à tauromaquia de tal modo que comprou uma praça de toiros desmontável, quando a Terceira não tinha praça e a vendeu antes da actual Praça da Ilha Terceira ter sido inaugurada em 1984. Foi o fundador número um da Tertúlia Tauromáquica Terceirense Tomé Belo de Castro. 
Fez tudo o que foi possível para que a festa Brava perdurasse e nunca venha a desaparecer da nossa Ilha Terceira 

Tauromaquia no programa Em Foco na RTP Açores

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013 0 comentários



A ganadera Fátima Albino foi convidada para participar no programa Em Foco da rtp açores, juntamente com o biólogo João Pedro Barreiros e o presidente da Tertúlia Tauromáquica Terceirense Arlindo Teles.
As questões colocadas pela jornalista Marta Silva foram à cerca da tauromáquica como incontornável na identidade cultural da Terceira, o impacto da tauromaquia na economia local, ganadarias como reservas biológicas e o turismo envolvente.
Podem ver o programa no seguinte link:

Um Dia na Ganadaria CAJAF

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013 0 comentários




O trabalho que aqui se apresenta é uma reportagem com imagem de Paulo Gil e edição e montagem de Fernando Pereira, dois aficionados da festa brava que decidiram retratar um Dia na Ganadaria Casa Agrícola José Albino Fernandes. 
Com este vídeo pode-se vislumbrar algumas propriedades da ganadaria, como os Boíns, apreciar o gado bravo na pastagem, como se procede no seu maneio e alimentação, conhecer ou reconhecer os colaboradores e amigos de todos os sábados, seguir alguns "rituais" de um sábado na ganadaria, como o desejado almoço da Sra. Fátima Albino, observar toiros conhecidos dos aficionados em campo e matar saudades de uma tourada à corda, esta realizada no dia 19 de Agosto de 2012 na Agualva.
A Casa Agrícola José Albino Fernandes felicita publicamente o trabalho do Sr. Paulo Gil e Sr. Fernando Pereira.

   

Entrevista 12 RibeirasTV

domingo, 6 de janeiro de 2013 0 comentários



No passado dia 28 de Dezembro de 2012 foi realizada uma entrevista à Sra. Fátima Albino pelo Sr. Hildeberto Franco para o Programa Gente Nossa, na 12RibeiraTV.